quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Resenha de Livro: O Reino Sangrento do Slayer




Chegou ao mercado brasileiro no final do ano passado, pela editora Edições Ideal,  a biografia “O Reino Sangrento do Slayer”, contando a trajetória da banda mais pesada e polêmica da história do Thrash Metal. O autor é o renomado Joel McIver, que também assinou biografias de nomes de peso como Metallica, Black Sabbath, Sex Pistols, entre outros. O prefácio ficou por conta dos pais do ressurgimento do Crossover nos anos 2000, o Municipal Waste, e em terra brasilis, a honra coube ao vocalista do Zumbis do Espaço, Tauil.

Como o próprio autor da obra já indica na introdução, o livro dá prioridade à carreira do grupo do meio para frente, embora o início da vida particular de cada integrante, bem como os famosos perrengues sofridos por qualquer banda no começo de carreira não passem despercebidos. 

Os capítulos estão divididos pelos nomes dos álbuns lançados e por períodos dos anos, o que facilita a busca por informações pontuais.  Ao longo de todo o livro foram incluídas centenas de citações dos músicos, a maioria delas feitas ao próprio autor, o que demonstra a credibilidade do mesmo e prova a proximidade que manteve com eles ao longo dos anos.

Algo que me agradou muito na leitura foi a posição profissional que McIver adotou em relação à obra da banda, distanciando-se do prisma de um fã que baba ovo para tudo que seu artista favorito lança, como se lê em algumas outras biografias. Se por um lado o autor exalta os clássicos Reign in Blood e Divine Intervation, por outro comenta sobre a infantilidade das letras em Show No Mercy, as pisadas na bola cometidas em Diabolus in Musica, além de meter o pau nos covers gravados ao longo da carreira, entre outros.

Como o livro foi lançado originalmente em 2008,  World Painted Blood e os shows do Big 4 não são relatados nessas páginas. Existem alguns erros de tradução perceptíveis ao decorrer da leitura, mas que não afetam na qualidade de um modo geral. Conta ainda com dezesseis páginas recheadas de fotografias raras em preto e branco que registram desde os shows amadores do início da década de 80, passando pelo marco da amizade que tinham com o Pantera, até fotos tiradas em 2007.

Embora o autor tenha feito todos os esforços para que essa fosse uma biografia oficial, não foi o que conseguiu. Assim como ele, aguardo por um lançamento feito sob a tutela da banda. Enquanto isso, aproveite a leitura e revisite todos os discos em alto e bom som!

“Slayer? São fodas!” – Tony Foresta, vocalista do Municipal Waste.